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PROGRAMAÇÃO

Maio

 

Dia 05 às 08:00h e 19:30h

 

Local: Teatro do Môa (Universidade Federal do Acre - "Campus" Floresta)

 

Dia 12 às 08:00h e 15:00h

 

Local: Auditório do IFAC 

 

Os vídeoaulas serão divididos em 10 módulos temáticos abordando assuntos variados, incluindo os seguintes tópicos:

 

1. O Aedes e sua historia - Explica a origem do mosquito Aedes aegypti e como ele chegou ao Brasil. Esclarece que o mosquito é originário do Egito e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século XVI, inicialmente por meio de navios que traficavam escravos. No início de século XX, o mosquito já era um problema, a principal preocupação na época era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti, no entanto, no final da década de 1960, foi verificado que o vetor estava presente novamente em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros (duração de 1:46 minutos).

 

2. Biologia do Aedes - O pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Rafael Freitas explica que o inseto possui três fases de vida: o ovo, a fase aquática (com as etapas de larva e pupa) e a fase adulta, em que o mosquito chega a sua forma alada. Ele também explica que a temperatura pode acelerar o tempo de desenvolvimento do mosquito.

Em seguida, o biólogo Gabriel Sylvestre explica que o A. aegypti vive aproximadamente 30 dias em condições normais e que, durante este período, precisa se alimentar. No caso das fêmeas, a alimentação com sangue é necessária como parte do processo de maturação dos ovos. A cada picada, a fêmea pode sugar até duas vezes seu peso em sangue. O processo de inoculação do vírus da dengue, que pode acontecer durante a picada, também é explicado durante o módulo (duração de 9:27 minutos).

 

3. Criadouros e hábitos - O pesquisador do IOC/Fiocruz José Bento Pereira Lima mostra em laboratório, porque é importante eliminar os criadouros de Aedes aegypti: em apenas 10 minutos de contato com a água, ovos do mosquito que podem ter sido colocados até um ano atrás eclodem dando origem a uma larva. Em seguida, o pesquisador do IOC Ademir Martins fala sobre a diferença de atitude frente a cada tipo de criadouro e destaca a importância de saber identificar quais devem ser tratados, vedados ou eliminados.

A bióloga Gabriela Garcia fala sobre os criadouros em ambiente doméstico e como evitá-los: mostra o exemplo de vasos de plantas, lixeiras e calhas que podem acumular água limpa e parada. Já a arquiteta e especialista em conforto ambiental para insetos da Fiocruz Márcia Adegas apresenta soluções práticas para evitar a proliferação de criadouros, mostrando a construção correta de caimento de água de um ralo e como utilizar uma tela mosquiteiro para evitar focos do mosquito em ralos e canaletas.

A bióloga Priscila Medeiros sinaliza os locais preferenciais de repouso do Aedes dentro do ambiente doméstico: nichos de móveis, cortinas, estantes e o vão embaixo da mesa são alguns locais preferidos. Abordando o tema ‘Voo e dispersão’, o biólogo Luiz Paulo Brito explica que o Aedes aegypti vive em ambientes vinculados ao homem, relacionando seu deslocamento principalmente à alimentação e à postura de ovos (duração de 15:38 minutos).

 

4. Estratégias de controle e vigilância do vetor  - Os três principais tipos de controle do vetor Aedes aegypti, mecânico, biológico e químico são apresentados pela bióloga Luana Farnesi. Ela destaca que, com base na biologia do mosquito, a fase de mais fácil controle é a aquática, quando as larvas e pupas do mosquito estão restritas a recipientes confinados.

A pesquisadora do IOC/Fiocruz Denise Valle lembra que, quando falamos de controle químico, relacionado ao uso de inseticidas, a primeira coisa que vem à cabeça é o fumacê. No entanto, ela destaca dois fatores importantes sobre o assunto: o primeiro é que devemos entender o uso de inseticida como medida complementar de controle do vetor da dengue; e o segundo, que o fumacê é o controle de mosquitos adultos.

Durante o vídeo, Denise explica que os principais inseticidas usados no controle de Aedes são os chamados neurotóxicos (capazes de atuar no sistema nervoso dos insetos). No Brasil, este uso foi intensificado a partir de 1986, com as epidemias de dengue. No final da década de 90, os agentes de saúde começaram a perceber que os inseticidas não estavam funcionando no campo, o que alertou o Ministério da Saúde para a possibilidade de que a característica de resistência aos inseticidas estivesse se disseminando pelas populações do vetor no país.

A especialista explica que resistência é a habilidade que um inseto tem de sobreviver a uma dose de inseticida que é considerada letal para uma população suscetível. A resistência tem base genética, selecionando na população aqueles indivíduos que já nasceram resistentes. Para demonstrar esta questão, ela apresenta os resultados de experimentos e faz uma alerta. “O controle químico quando usado de forma indiscriminada elimina da população apenas os indivíduos suscetíveis, permitindo a perpetuação dos resistentes. Por outro lado, pesquisadora afirma, se o controle mecânico for usado como a principal forma de combate, os mosquitos resistentes não serão selecionados e a população permanecerá vulnerável à ação do controle químico quando ele for necessário, como medida complementar e de forma racional (duração de 8:13 minutos).

 

5. Mosquito e vírus - o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcos Sorgine fala sobre os quatro sorotipos do vírus dengue, comentando suas principais semelhanças e diferenças. Ele fala sobre a reação dos anticorpos aos sorotipos e desmistifica a relação entre o sorotipo e a gravidade da doença. Para isso, aborda a questão dos genótipos do vírus e destaca que, no que se refere ao agravamento do paciente, tão importante quanto o genótipo viral, são os fatores relacionados ao próprio indivíduo. O ciclo de transmissão da doença também é apresentado, esclarecendo sobre a relação entre mosquito infectado e mosquito infectivo (capaz de transmitir o vírus) (duração de 8:02 minutos).

 

6. Novas alternativas de controle do vetor - A pesquisadora do IOC/Fiocruz Denise Valle apresenta alternativas de combate e controle da dengue, como o desenvolvimento de vacinas, de novos inseticidas e de alternativas inovadoras de controle do vetor da doença. Dois especialistas são convidados para mostrar os projetos que desenvolvem sobre o tema.

O pesquisador da Fiocruz Minas, Luciano Moreira, fala sobre a iniciativa ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, originada de um programa multidisciplinar envolvendo vários países. Este projeto usa a bactéria Wolbachia, encontrada na natureza em cerca de até 70 % dos insetos do planeta, como forma de controle natural e autossustentável da dengue: quando inserida no Aedes aegypti, ela bloqueia a transmissão do vírus

O pesquisador da Universidade Federal de Sergipe Sócrates Cavalcanti explica a busca de novos agentes larvicidas para o controle da dengue. Este tipo de controle se faz necessário em situações difíceis de evitar o acúmulo de água parada, como em condições de abastecimento irregular de água encanada, em que o armazenamento em reservatórios se faz necessário. O estudo sob sua coordenação busca identificar formas de garantir que os produtos larvicidas sejam liberados lentamente, prolongando sua ação, evitando, assim, que esses reservatórios se tornem criadouros do Aedes (duração de 13:45 minutos).  

 

7. Alerta chikungunya – Dr. Dráuzio Varella explica que na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora (duração de 6:10 minutos).

 

8. Zika vírus – Quadro clínico.  Dr. Dráuzio Varella explica que em 80% dos casos, a doença pode ser assintomática. Quando os sinais aparecem, em geral dez dias depois da picada, podem ser semelhantes aos da dengue, porém menos agressivos que chegam a ser confundidos com os sintomas de uma virose banal e passageira.

Embora a infecção por Zika virus possa passar despercebida, os casos confirmados de microcefalia indicam que as mães foram infectadas pelo vírus nos primeiros meses de gravidez. Estudos recentes indicam também uma ligação entre o Zika virus e a Síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que se manifesta depois de infecções por vírus ou bactérias e ataca os nervos periféricos, que perdem a bainha de mielina. Essa desordem do sistema imune provoca fraqueza muscular e paralisia que, nos casos mais graves, podem pôr em risco a vida (duração de 4:37 minutos).

 

9. Microcefalia – Dr. Dráuzio Varella explica que a microcefalia é uma condição neurológica que se caracteriza por anormalidades no crescimento do cérebro dentro da caixa craniana e faz um alerta sobre o aumento do número de nascimentos de crianças portadoras de microcefalia. Esclarece a relação entre a má-formação do cérebro, a infecção por esse vírus e o surto de microcefalia que ocorre em vários estados brasileiros (duração de 4:44 minutos).

 

10. O bebê no balde. BBC News em 24 de fevereiro de 2016: The history of the Brazil “bucket baby” disponível em http://www.bbc.com/news/world-latin-america-35643345. A reportagem é como segue: Quando um número crescente de casos de microcefalia começou a surgir no Nordeste, meses depois de uma epidemia do Zika virus, o babê José Wesley tornou-se um dos primeiros a enfrentar a tragédia. Sua mãe, Solange Ferreira, deu a luz quando começaram a surgir notícias sobre bebês nascerem com cabeça anormalmente pequena. Ela só soube da condição do bebê 2 meses depois. Como muitas mulheres de baixa renda na zona rural de Pernanbuco, o Estado mais afetado pelos casos de microcefalia, ela luta para cuidar do seu filho com pouco acesso a assistência médica. José Wesley tem 4 meses, mas ainda não pode começar sua reabilitação. A jornalista da BBC, Camila Costa fez a reportagem na casa de Solange em Bonito, Pernanbuco (duração de 1:56 minutos).

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